domingo, 30 de maio de 2010

Dia da Escola

Foi animadíssimo o dia, como de costume, e o tempo ajudou...
Houve exposição de trabalhos das várias disciplinas, teatro, actividades e ateliers abertos, festa de talentos ..
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Algumas das fotos que documentam esta celebração da nossa escola:
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o início da festa..

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o sarau da Educação Física:

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os sempre espectaculares vulcões das Ciências da Natureza:

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mais os fascinantes - ainda que desvendados - órgãos do corpo humano da Biologia:

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as comidas saborosíssimas dos apurados alunos do curso profissional:

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e ..
 a sensacional Festa dos Talentos:
o júri encarregue de eleger os 3 melhores artistas da n/ escola,

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 os artistas em pre-actuação..

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a entusiasmada assistência:


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a dança de encerramento da Festa,
especialmente abrilhantada pelas crianças que nos visitaram
(iniciativa da Vanessa Florindo e Ana Mestrinho do 12.º de Economia, no âmbito da AP)

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e .. em jeito de despedida-até-para-o-ano ..
a insinuação da filosofia,
afinal a busca de todos os caminhos do ser..

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Educação 2: «o Estado, o mais frio de todos os monstros...»

um texto de Carlos Ventura (IHEC: Instituto Hipócrates de Ensino e Ciência)

Guilherme Valente, cavaleiro quase-solitário
Guilherme Valente (editor da Gradiva) não desiste da sua longa cruzada contra o "eduquês". Toda a gente sabe que hoje se aprende menos e pior que há algumas dezenas de anos. O que não se percebe é como e porquê, em vez de fazermos agora melhor do que no passado, fazemos pior, persistindo nos erros, não os corrigindo e até os agravando, escorregando impotentes pela ladeira da incompetência, da incultura e da iliteracia.. Como é que esta situação se mantém fora de controlo ao longo dos anos?

Há já algum tempo, Guilherme Valente contava-me que em determinada reunião de uma estrutura oficial, um dos participantes fez uma crítica radical e uma análise extremamente lúcida ao sistema de ensino. Quem falava era um especialista sério, com longos anos de experiência e investigação no sector. A nota dissonante é que ele fora até há pouco tempo Ministro da Educação e não tinha conseguido alterar a inércia de que este titanic vai animado. Apesar de o ex-ministro se mostrar consciente dos erros de fundo de todo o sistema (que conhece como poucos), o próprio sistema impede a sua transformação, porque contém nele o estigma que perpetua e reproduz a informação que o impede de mudar radicalmente (quer dizer, na raiz).

Cada vez mais os aparelhos monstruosos que brotaram no século XIX - os partidos posteriormente agrupados em internacionais e lóbis mundiais e regionais, os sindicatos que depois se confederaram, as grandes empresas que evoluíram para os grandes grupos económicos e as multinacionais actuais e os Estados - geram em si mesmos a respectiva continuação, locomotivas sem freio, alimentadas no carvão da auto-preservação que é o destino único da sua única linha.

Falávamos do Estado e de um ministro, cidadão excelente mas ministro impotente e frígido. Então lembremos Nietzsche (1844-1900): "o Estado, o mais frio de todos os monstros...".


Carlos Ventura , 02 Julho 2008 14:31


retirado daqui

 ver também:
Manifesto para a Educação da República, assinado por cerca de 20 000 cidadãos e entregue em 2002 ao então Presidente da República Jorge Sampaio

o (muito preocupante) estado da educação em Portugal

onde se fala sem papas na língua do estado da educação em Portugal e do 'eduquês' como um plano maquiavélico para "dar cabo disto tudo" :




GUILHERME VALENTE, MEDINA CARREIRA e NUNO CRATO
[na SIC Notícias, programa 'Plano Inclinado', sábado, 1/05/2010]

a não perder:
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excerto de uma entrevista a Guilherme Valente (editor da Gradiva) :




"Os professores começaram a perceber o logro de que têm sido vítimas. Não só os professores, também os alunos mais esclarecidos e responsáveis. (...) O logro do facilitismo, de se considerar, hipocritamente, aliás, que as desigualdades diminuem com o nivelamento por baixo, da falta de exigência, a ideia de que a escola é uma brincadeira, e não um esforço pelo qual tem que se passar para se poder progredir pessoal e socialmente. O logro do conjunto de teorias que temos designado pelo termo «eduquês», que, agora, toda a gente percebe o que é e considero estarem hoje, com a actual ministra (melhor, com o actual ministério, porque a ministra me parece não perceber muito bem o que anda a fazer) -- mais à solta do que nunca."
 
G.V. ,30 de Abril de 2007   (texto retirado daqui)
 
a 'ministra' a que se referia G. Valente era Mª L. Rodrigues. Isabel Alçada terá feito alguma diferença neste conturbado mundo da educação?